segunda-feira, 29 de junho de 2009

Skatista stilo único

Roupas largas para facilitar a realização de alguma manobra, bonés para complementar o visual e algumas tatuagens. Assim são os skatistas, um dos estilos mais comuns pelas ruas da Cidade. Sem se "rotular", meninas e meninos, praticantes do esporte radical, têm seu estilo próprio na hora das manobras.

A jornalista Roberta Buongermino, 23 anos, pratica o esporte desde os 15. "Comecei andando no skate normal, mas há cerca de quatro anos ando de LongBoard", explica. LongBoard possui o shape - prancha de madeira central do skate - mais alongado do que os skates normais.



O skatista Rafael Tramonte, 32 anos, mais conhecido como Pingo, entrou para o rol dos profissionais há dez anos. "Levei meus primeiros tombos aos oito e desde então não parei mais", brinca. Aliás, qual skatista que nunca se machucou durante suas exibições? Roberta, por exemplo, já quebrou o braço duas vezes. "Vivo machucada, mas o pior foi ter rompido o nervo ciático por falta de alongamento". Já Pingo quebrou o nariz três vezes. "Tenho o polegar direito deslocado e o joelho com os ligamentos rompidos".

Além de ser um dos melhores skatistas do país, participando de campeonatos como VertJam e X-Games, na modalidade Vertical Banks, Pingo possui uma loja especializada no esporte radical. "A modalidade Vertical consiste na prática em pistas com curvas e é subdividida em quatro categorias: Half Pipe; Mini Ramp, Bowl e Vertical Banks. Uma outra modalidade é a Street Park, que imita os obstáculos encontrados nas ruas".

O estilo dos dois pode ser resumido em uma palavra: conforto. Bermudas e shorts mais largos, camisetas folgadas e tops. Tudo isso para não atrapalhar a busca pela perfeição nas manobras, objetivo de qualquer skatista. "Como eu sou mulher, costumo andar com a parte de cima do biquíni para não ficar com marcas da blusa". Além do mais, Roberta é muito feminina. "Eu sempre pratico o esporte maquiada. A mulher tem que se sentir bonita em todas as ocasiões".

Sobre o possível preconceito nas pistas por ser do sexo feminino, Roberta nem liga. "O preconceito existe em todas as áreas. A única coisa que eu tento fazer é dar o melhor de mim porque sempre tem alguém cobrando mais, por sermos do considerado sexo frágil".

As tatuagens ajudam a compor o visual. Roberta tem sete espalhadas pelo corpo e dois piercings nas orelhas. Já Pingo tem cinco tatuagens. "Não gosto muito de piercings porque podem machucar na hora de alguma queda".

Muitas pessoas associam a prática do esporte ao uso de drogas, mas Roberta defende a modalidade. "Nada a ver... Eu tenho amigos skatistas que nem beber, bebem. Que dirá se drogar... Isso sim é preconceito criado pela sociedade".
(Reportagem do site jornal da orla)

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